Quem já desistiu de inseticidas e repelentes está recorrendo a uma solução que remete aos velhos tempos: telas mosquiteiras – em versão moderna, é claro. Há modelos de todos os tipos e preços. A mais simples custa em torno de R$ 130 por janela; a mais cara, R$ 750.

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O administrador Daniel Miranda, de 51 anos, é um dos moradores do Alto de Pinheiros que acabaram de aplicar tela na casa toda, em um investimento de R$ 6 mil. A instalação estava sendo finalizada nesta terça-feira, 10, depois de muita picada. “Você não tem ideia, está uma coisa horrorosa. É muito pernilongo, como nunca vi na vida, acho que nem na praia vi tantos. No clube é o assunto mais comentado”, conta.

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Apesar de morar no bairro há pouco tempo, ele diz andar pela região há muitos anos como sócio do clube Alto de Pinheiros. “Pernilongo sempre fez parte, mas agora é algo totalmente nonsense.”

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Antes de instalar as telas, a tentativa era fechar a casa, ligar o ar condicionado e colocar tomadas de inseticidas. “Mas não resolveu, é muito pernilongo. E o bicho é malandro, gosta de ficar em lugar sombreado, onde a gente não vê. Eles adoram um armário escuro onde deixamos as malas de viagem. A gente abre e vem aquela nuvem de mosquito. É uma coisa inacreditável. Tem de sair correndo.”

A empresa contratada por Miranda reconhece um aumento de 18% na demanda neste verão, em relação ao ano anterior, sobretudo na zona oeste. Nos últimos 30 dias, fez 502 instalações, ante 426 no mesmo período do ano passado.

Emprego.

Em tempos de crise, só mesmo para quem vive desse negócio o pernilongo não pode ser chamado de vilão. “De um ano para cá, precisamos aumentar nossos funcionários de 30 para 40 e compramos mais um caminhão para entregas. Agora são dois veículos”, diz o diretor Leandro Dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.