O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu investigar as obras da construtora Gautama para avaliar se ocorreram irregularidades nas licitações e nos convênios. Entre as obras a serem fiscalizadas pelos auditores do TCU estão as relacionadas à implantação e pavimentação de rodovias, à urbanização e à construção de barragens, adutoras, esgotos e redes de distribuição de energia elétrica.
A decisão foi tomada a pedido do procurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado. O procurador tomou a iniciativa após receber material da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eliana é a relatora do inquérito que investiga as fraudes. Segundo Furtado, nos documentos existiam provas de irregularidades em licitações com suspeitas de participação da Gautama. As suspeitas surgiram durante a Operação Navalha.
"São robustas e consistentes as provas que foram levantadas pela Polícia Federal, evidenciando a prática de diversos ilícitos por parte de representantes e funcionários da aludida empresa, a apontar para um verdadeiro esquema de corrupção e de favorecimentos espúrios, acarretando graves prejuízos para o erário federal", alegou o procurador no pedido analisado pelo TCU.