Rio de Janeiro – Técnicos da Petrobras e do Tribunal de Contas da União (TCU) deverão se reunir nos próximos dias para que sejam discutidas fórmulas para a realização de investigações mais profundas por parte do TCU nas contas da estatal brasileira do petróleo.

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A informação foi dada no Rio de Janeiro pelo ministro do TCU, Augusto Nardes. Na última quinta-feira, ele manteve reunião de cerca de duas horas com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para tratar do tema.

?A conversa foi muito positiva. Nós conversamos sobre a questão dos escândalos recentes na Petrobras, e o presidente (Gabrielli) se mostrou aberto a, pelo menos, abrir a possibilidade de conversas entre os técnicos do Tribunal de Contas e os da Petrobras. Ele, inclusive, nos convidou para visitar plataformas de petróleo da estatal para mostrar a complexidade delas?, disse.

O ministro do TCU confirmou que o tribunal detectou, de fato, um superfaturamento de US$ 177 milhões nos contratos para a construção das plataformas P-52 e P-54, mas admitiu a possibilidade da existência de informações conflitantes sobre o levantamento.

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?O que aconteceu foi que nós detectamos um superfaturamento de US$ 177 milhões, nos contratos das plataformas P-52 e na P-54. Talvez porque nós tivéssemos obtido informações conflitantes e não tenhamos conseguido confirmar algumas delas, porque não temos acesso às senhas?, admitiu.

?A Petrobras, pela importância que ela tem para com o país ? pelo preço que cobra sobre os combustíveis ?, ela tem que prestar contas para a sociedade, uma vez que é uma empresa estatal?.

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Na avaliação de Augusto Nardes, foi dado um primeiro passo no sentido de a Petrobras abrir mais suas contas para a fiscalização do TCU. ?O presidente (Gabrielli) chegou a demonstrar isso, e nós vamos marcar nos próximos dias, através da nossa secretaria aqui do Rio, uma primeira reunião com os técnicos da Petrobras, para que a gente possa fazer uma investigação mais profunda?, disse.

?Eu cheguei a dizer pra ele que, se já houvesse esse tipo de trabalho, talvez tivessem sido evitados estes escândalos recentes?, informou.

O TCU deu prazo à Petrobras para que responda, em cinco dias, os questionamentos que estão sendo feitos pelo tribunal a respeito da suspeita de superfaturamento nas plataformas P-52 e P-54.