O Ministério da Saúde e o governo do Rio foram alertados em 2005 pelo Tribunal de Contas da União sobre problemas no sistema de transplantes fluminense, quase três anos antes da crise que culminou neste ano com a paralisação dos transplantes de fígado, rim e córneas em pacientes do Sistema Único de Saúde. Mas a maioria das mudanças solicitadas ainda não teve resposta, entre as quais medidas contra a precariedade da infra-estrutura para transplantes e para um melhor controle da captação de órgãos.
De 22 determinações e recomendações feitas em 2005, 9 foram implementadas, 4 não foram atendidas e o restante foi parcialmente cumprido, diz avaliação feita em maio do ano passado pelo TCU. Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, até esta semana, a maioria dos pontos cobrados seguia sem resposta.
O ministro-relator do monitoramento da auditoria, Raimundo Carreiro, destaca que as mudanças são complexas, mas necessitam de “maior atenção”. O ministério informou já ter iniciado mudanças. Disse ainda que o sistema nacional de transplantes está informatizado e gera relatórios em tempo real, permitindo acompanhamento da eficiência no Rio.
A pasta enfatizou que um plano de ação a partir da auditoria já foi encaminhado ao tribunal e que tem sido sugeridas aos Estados ações para melhor atender os transplantados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.