O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realiza nesta quinta-feira, 26, uma fiscalização surpresa em 269 escolas, no interior, litoral e região metropolitana do Estado, para averiguar as condições dos veículos e serviços oferecidos pelas prefeituras. O serviço é oferecido a mais de 180 mil estudantes da rede pública de ensino.

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A ação teve início às 6h e é realizada por cerca de 300 agentes de fiscalização em 218 cidades paulistas. O objetivo TCE é verificar se houve melhora no serviço de transporte desde a última fiscalização ordenada, realizada em 26 de março.

“Exatamente há 6 meses atrás, encontramos um quadro preocupante, com muitas irregularidades e falhas. Houve tempo hábil, metade do ano, para corrigir os problemas encontrados. Agora queremos saber quem é que se empenhou e se ainda persistem as falhas”, indicou o presidente do TCE, Antonio Roque Citadini.

No entanto, até momento, os agentes encontraram situações similares às identificadas na última ação. Os casos reportados para a central de monitoramento da fiscalização incluem extintores vencidos, veículos com goteira, ônibus sem cinto, janelas quebradas, travas de cintos sem funcionamento, ônibus em “péssimas condições”, pneus gastos, entre outros.

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Em Cajamar, os agentes encontraram um ônibus que transportava 73 crianças, parte delas em pé. A informação foi divulgada no painel de acompanhamento da fiscalização, disponibilizado pelo Tribunal de Contas do Estado.

A fiscalização em março

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A ação apurou que 48,13% dos estudantes circulavam sem cinto de segurança. Foram encontrados ainda casos de superlotação de passageiros com a presença de alunos sendo transportados em pé.

Em março também foi identificado que 16,16% dos veículos inspecionados não possuía equipamentos em boas condições de uso. Além disso, quase 600 veículos – ônibus, peruas e vans – não tinha boas condições gerais de utilização.

Na época, as prefeituras foram notificadas por conta de pontos como: pneus carecas, falta de sinalização, extintores de incêndio vencidos, vidros quebrados e assentos em má conservação.

Defesa

Em nota, a prefeitura Municipal de Cajamar informa que “irá apurar a denúncia e adotará medidas para solucionar o problema e atender recomendação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Ressaltamos que desde 2015 o município de Cajamar sofreu uma crise político-administrativa com a troca de 14 prefeitos num período de seis anos, após a cassação do gestor eleito em 2012. A atual administração está há exatos 5 meses conduzindo à prefeitura após eleição suplementar realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), em março de 2019.

Informamos ainda, que, nos últimos três meses a Rede Municipal de Ensino de Cajamar foi contemplada com a implantação do ‘Projeto Identidade Cajamar’, programa recém-lançado pela atual administração com a entrega inédita de 14 mil uniformes escolares, reforma e ampliação de escolas através do plano municipal ‘Colégio do Futuro’, valorização dos profissionais de educação através do projeto de reelaboração da proposta curricular articulada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC-MEC), além da restruturação de todo o setor de nutrição, com elaboração de novo cardápio na merenda escolar. Atualmente, a rede municipal de educação conta com cerca de 14 mil alunos matriculados em 33 unidades municipais.”