Tasso chama relator de “palhaço” em reunião do Conselho

O Conselho de Ética do Senado reiniciou a sessão após 20 minutos de intervalo causado por um bate-boca entre os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Almeida Lima (PMDB-SE), um dos três relatores do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Almeida Lima reclamou insistentemente de que os adversários estavam tentando desqualificar seu relatório, e o senador Jereissati o chamou de "boneca" e "palhaço".

A confusão começou quando Almeida Lima, exaltado, protestou contra o fato de alguns senadores afirmarem que o relatório dele favorável a Calheiros, teria sido derrotado por 2 votos a 1 (antes da votação), já que o parecer feito em conjunto pelos dois outros relatores – Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) – é contrário ao presidente do Senado. Calheiros é acusado, no processo que está sendo analisado pelo Conselho, de pagar despesas pessoais com dinheiro de um lobista de empreiteira.

Tasso Jereissati reclamou do fato de Almeida Lima estar insistindo, durante longo tempo, na afirmação de que estavam querendo desqualificar seu parecer. "Direito da força – comigo, não!", exaltou-se Almeida Lima. "Se o senhor (Jereissati) sabe bater na mesa, eu também sei. A força do direito, sim; o direito da força, não", acrescentou, enfático. Tasso reagiu: "Calma, boneca!" Ao que Almeida Lima respondeu: "Não fica bem em Vossa Excelência esse trejeito. Não vou aceitar a tentativa de cassar minha palavra na leitura de um relatório de cinco laudas. Não vou aceitar.

Arthur Virgílio entrou na discussão, dirigindo-se a Almeida Lima: "Senador, ninguém quer cassar o senhor, de jeito nenhum. Nem na palavra nem de outro jeito." Almeida insistiu: "Não ao direito da força! Sim à força do direito!" Jereissati reagiu aos gritos: "Vossa Excelência veio aqui só para perturbar o evento. Vossa Excelência está fazendo uma grande palhaçada.

O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), suspendeu a sessão. Almeida Lima continuou exaltado, gritando: "Não aceito ser tratado como sub-relator. Sou relator!" Jereissati renovou o xingamento: "Deixa de palhaçada. Você é um palhaço. Você está vendido." O deputado João Almeida (PSDB-BA) e o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) resolveram apartar os dois para evitar luta corporal e contiveram Jereissati, enquanto Arthur Virgílio acalmava Almeida Lima.

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