Brasília – O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou neste sábado (9) que não reconhece abusos por parte de autoridades do governo no uso de cartões corporativos. Ele garantiu ainda que a situação não representa uma crise política, mas um ?artificialismo eleitoral? por parte da oposição.
?Uma oposição perdida, que não tem rumo ou proposta no país. Não reconheço que existem abusos. Reconheço que existem erros no uso dos cartões. Erros que foram cometidos de maneira não-dolosa, sem a vontade das pessoas, que não obtiveram vantagens pessoais?, disse Tarso Genro, durante reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília.
Tarso Genro disse que a utilização de cartões corporativos está sendo discutida como exemplo de transparência por parte do governo Lula aos governos estaduais e municipais e aos governos anteriores.
?Queremos, agora, fazer uma análise profunda desses cartões nos estados, nos municípios e no próprio governo federal. E vai dar Lula de novo na frente, no sentido de que foi o presidente que mais combateu a corrupção, mais transparência teve nos gastos públicos e mais vai combater irregularidades?.
O ministro afirmou que a ferramenta (uso do cartão corporativo) é um exemplo de transparência e que os usos indevidos ocorreram em secretarias que não estavam ?preparadas tecnicamente?, e não por vontade política de secretários e ministros.
?As regras precisam ficar mais claras. As práticas de transparência têm que ser consolidadas e os erros administrativos têm que ser corrigidos. De longe isso significa qualquer tipo de crise política ou vontade de fraudar a lei. Até agora, nada disso apareceu?, afirmou.