Alvo de críticas por causa da Portaria 264, que define regras para a classificação indicativa dos programas de TV, o ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu nesta quinta-feira (28) mudanças no texto e disse que não defende a censura. Afirmou, ainda, que é um homem de diálogo. "Vou buscar uma redação para a norma que não tenha qualquer tipo de semelhança com censura nem com censura prévia, mas que também garanta o direito das famílias e a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente", garantiu.
Tarso disse que "não é impossível" fazer uma "engenharia jurídica" para encontrar esse equilíbrio. "É nesse sentido que estou trabalhando com a minha equipe", contou, ao lembrar que ontem houve reunião de trabalho no ministério para tratar do assunto.
Nesse mesmo dia, o Ministério da Justiça ampliou em mais 15 dias o prazo para modificações na Portaria 264. "Vamos aprofundar as análises", insistiu o secretário nacional de Justiça, Antônio Carlos Biscaia. "Pela importância do tema, teremos mais esse prazo e a decisão final sairá no dia 12 de julho".