O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira (25) que o furto de material da Petrobras, que está sendo investigado pela Polícia Federal, não está sendo tratado prioritariamente como espionagem industrial. "Não fixamos nenhuma linha (de investigação), até porque seria precipitado de nossa parte. O que nós dissemos, e cada vez mais está demonstrado, é que estes furtos de contêineres têm de ser tratados como uma questão de Estado, que envolve a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a PF", explicou o ministro, que participou, no presídio feminino Talavera Bruce, em Bangu, do lançamento do livro "Falcão – Mulheres e o Tráfico".

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A hipótese de espionagem industrial chegou a ser apontada como uma das principais linhas de investigação pela Polícia Federal. O ministro deu a entender que pode estar havendo erros de interpretação no caso. "Quando você diz que é uma ‘questão de Estado’, não quer dizer que (o furto) seja resultado de uma sofisticada rede de espionagem industrial ou de (espionagem) outro País. Quer dizer que interessa ao Estado brasileiro fechar estas escotilhas, vedar estes furtos, seja de que natureza forem porque eles atingem informações reservadas que interessam ao Brasil". Ao ser indagado se haveria muitas falhas nestas "escotilhas", o ministro foi taxativo: "Nítidas. Muitas falhas", declarou.

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