O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que as informações de ameaças que estão ocorrendo na área próxima à reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, são de pessoas que já cometeram atos ilegais anteriormente, citando fazendeiros e arrozeiros. O ministro avisou que tudo está sendo apurado e é objeto de inquérito na Polícia Federal.

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reafirmou que não está preocupado com a possibilidade de haver confrontos na área e que as ameaças fazem parte de um “jogo de discursos e nada mais”. Tarso e Jobim estão no Palácio do Planalto, onde participam da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Tarso Genro acredita que, ainda neste semestre, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento que vai definir a forma de demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, interrompido ontem pelo pedido de vista do ministro Carlos Alberto Direito.

A expectativa do ministro da Justiça é de que o voto do relator, ministro Carlos Ayres Britto, favorável à demarcação contínua das terras, seja confirmado pelo plenário do STF. Questionado sobre se o adiamento da votação não preocuparia porque ajudaria a aumentar a tensão na área, o ministro disse que o adiamento não preocupa porque o Ministério da Justiça vai cumprir a decisão do STF seja ela qual for e completou: “o STF é um lugar sagrado onde a política se encontra com o direito e, no caso, se encontrou com o ministro Direito (ministro Carlos Alberto Direito) que quer estudar mais a questão, já que esta é uma decisão de muita responsabilidade”. Para ele, existem protestos que têm que “amadurecer lentamente”.

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