O resultado do leilão da usina de Santo Antônio indica que, no futuro, o preço da energia elétrica no Brasil vai baixar. Essa foi a avaliação feita pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. "Se a usina do Madeira for um sinal dos custos de energia no Brasil, então o futuro é extremamente promissor?, afirmou.
Entusiasmado, Tolmasquim classificou o leilão de ontem como um "marco histórico?. Primeiro, porque marca a retomada da construção das grandes usinas hidrelétricas. "A última grande que tivemos é de 1994, Xingó?, disse. Além disso, o preço de R$ 78,90 por megawatt/hora (MW/h) mostra que é possível produzir energia barata na Amazônia, onde está concentrado o potencial hidrelétrico a ser explorado no País. "Se achava que não se conseguiria mais produzir energia competitiva no Brasil, que a exploração da Amazônia significaria necessariamente uma energia mais cara?, observou.
O preço oferecido no leilão do Rio Madeira é mais baixo, por exemplo, do que o negociado na semana passada no 6º leilão de energia velha. O preço inicial era de R$ 109 por MW/h, mas as geradoras não venderam eletricidade. De acordo com o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, essa diferença de preços é explicada pela falta de planejamento nos últimos anos, que levou o governo a licitar projetos que geraram energia elétrica cara, como as usinas térmicas.