O sistema eletrônico do Airbus A-320 da TAM que bateu contra uma prédio da própria empresa na terça-feira passada teria constatado um defeito no reversor da turbina direita no último dia 13, segundo informações do Jornal Nacional (JN), da Rede Globo. O vice-presidente técnico da companhia, Ruy Amparo, confirmou a existência do problema em entrevista ao JN.
Amparo disse que os manuais de manutenção da Airbus relatam que a revisão do defeito pode ser feita até dez dias após a detecção e que o problema não impede a aeronave de voar.
"Não é um defeito grave. O avião pode voar até com os dois reversores inoperantes", disse Amparo. "O defeito foi constatado e o reversor direito foi pinado, ou seja, travado." O executivo disse ainda que, mesmo sem os dois reversores o avião pode pousar em qualquer pista, exceto em locais onde o asfalto esteja "muito contaminado", ou seja, com excesso de água na pista. "O que não era o caso de Congonhas", completou.
Ainda de acordo com a reportagem do JN, um dia antes do acidente na segunda-feira, o avião também teria tido problemas para aterrissar em Congonhas, durante o vôo 3215, procedente de Belo Horizonte (Confins), só conseguindo parar muito próximo do final da pista. O piloto do jato teria relatado à torre de controle que a pista estava muito escorregadia.
O vice-presidente da TAM disse na entrevista ao JN que desconhece o incidente de segunda-feira. Amparo declarou que, no livro de bordo da aeronave, que registra qualquer problema apresentado durante um vôo, não houve registro de nenhuma "pane séria" no dia 16.