São Paulo

– O promotor Virgílio Ferraz do Amaral, designado para acompanhar o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, afirmou que a participação da filha do casal pode ter sido maior do que ela já confessou. “Eu não afasto a possibilidade de que ela também tenha agredido os pais, como os cúmplices. Ou, pelo menos, que estivesse dentro do quarto quando aconteceu o massacre”, disse. A Polícia Civil pretente fazer ainda nesta semana a reconstituição do assassinato do casal morto no dia 31 de outubro por sua filha Suzane, o namorado dela, Daniel Cravinhos de Paula e Silva, e o irmão dele, Cristian.

Só então se afirmará com certeza, qual foi a participação de Suzane. Os três acusados, que confessaram ter matado o casal com pancadas de barras de ferro na madrugada de sexta-feira, devem se encontrar para ajudar na reconstituição do assassinato, mas a data ainda não foi definida pela polícia. Suzane está presa no 89.º DP (Portal do Morumbi) e os irmãos, no 77.º DP (Santa Cecília).

A jovem afirmou, no interrogatório, que se arrependeu de ter matado os pais. Segundo o promotor, este sentimento é normal quando a pessoa toma consciência das conseqüências de seus atos. Mas Suzane von Richthofen não parece estar perturbada com a prisão ou com a perda da herança. De acordo com a carcereira do 89.º DP, a menina leva vida normal: assiste televisão e se alimenta sempre, sem demonstrar sinais de desespero. “Ela é uma pessoa calma, tranqüila. É uma pessoa fria”, afirmou a carcereira Darci Sales.

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