Suzane von Richthofen não vai abrir mão da herança à qual tem direito, no valor estimado de R$ 2 milhões. Ela esteve no fórum de Tremembé, cidade do Vale do Paraíba onde está detida, e na frente da juíza Márcia Berings Domingues de Castro, abdicou da renúncia. Esta foi a terceira vez que Suzane disse, diante da Justiça, que vai continuar lutando pelos bens deixados pelos pais que ajudou a matar.
Suzane cumpre pena de 39 anos de prisão pela participação no assassinato dos próprios pais, Marísia e Manfred von Richthofen, em outubro de 2002, junto com Daniel e Christian Cravinhos, também presos em Tremembé.
De acordo com o advogado de Suzane, Denivaldo Barni Júnior, ela insiste em querer a herança para obter os bens que eram dela antes do crime. "Eu não tenho a relação dos bens aqui, mas vai desde veículo até documentos, que estão presos ao inventário", disse. O fato de Suzane cumprir pena não lhe tira o direito, segundo o advogado, de obter o que já era dela. "Ela não abriu mão da herança porque o espólio não está bem gerido, não está sendo administrado bem", afirmou Barni Júnior, que não confirmou o valor da herança. "Não tenho essa informação". Estima-se que entre os bens da família estejam quatro imóveis, carros, uma quantia em dinheiro, além de documentos móveis e roupas. Tudo administrado pelo irmão de Suzane, Andreas.
Segundo o advogado, diante dessa negativa de abdicar à renúncia, o processo do inventário seguirá normalmente, sem prazo para terminar.
A defesa de Suzane tem esperança de que ela saia ainda este ano da penitenciária de Tremembé, onde está desde fevereiro, e possa esperar o resultado final do julgamento em liberdade.