Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, a detenta Suzane von Ritchthofen deixou a penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 8, para passar com familiares o Dia das Mães. O mesmo benefício foi concedido a outra presa famosa, Anna Carolina Jatobá, acusada da morte da enteada, a menina Isabella Nardoni.

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As duas saíram em horários diferentes, entre 8h e 9h da manhã, e devem retornar à prisão somente no dia 14 de maio.

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O direito à saída temporária é previsto na Lei de Execuções Penais e, independentemente do crime cometido, exige que o preso tenha progredido para o regime semiaberto, após cumprir parte da pena, e preencha uma série de exigências, entre elas o bom comportamento.

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Suzane chegou a ser punida com a perda de três saídas por ter sido flagrada em uma festa de casamento, durante a “saidinha” do Natal, em dezembro do ano passado, o que foi considerado falta grave.

A Defensoria Pública recorreu e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) restabeleceu o direito dela. A 5ª Câmara Criminal considerou que a simples presença em evento social, durante o dia, não infringe as normas para a concessão do benefício. A detenta deve passar o Dia das Mães com familiares do namorado, em Angatuba, no sudoeste paulista. Suzane está presa desde 2002 por ter tramado a morte dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen.

Já Anna Carolina, segundo sua defesa, passaria o período com os dois filhos adolescentes. Ela vem se beneficiando das saídas temporárias desde 2017. Seu marido, Alexandre Nardoni, pai de Isabella e também condenado pela morte da menina, obteve este ano o direito às “saidinhas”, mas só deve deixar o presídio de Tremembé no Dia dos Pais, em agosto, caso o benefício seja mantido.

O Ministério Público Estadual entrou com recurso, pedindo que o preso seja submetido a um novo teste para avaliação de suas condições psicológicas, mas a decisão da Justiça ainda não saiu.

Anna e Alexandre são acusados de terem causado a morte de Isabella em março de 2008. Ela teria sido jogada do sexto andar do Edifício London, na Vila Guilherme, bairro da zona norte de São Paulo, onde morava a família. Apesar de ter sido condenado, o casal sempre negou o crime.