O suspeito de matar o cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, e seu filho Raoni, 25, afirmou em depoimento à Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, que a arma apreendida com ele na noite de ontem (uma pistola 7.65), é a mesma usada no crime. Segundo a polícia, um exame de balística vai confirmar a informação. As vítimas foram assassinadas na chácara onde moravam em Osasco, na Grande São Paulo, na madrugada de sexta-feira.
O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, foi detido por volta das 23 horas de ontem em Foz do Iguaçu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O jovem ficou três dias escondido em um matagal no pico do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, enquanto planejava sua fuga. Para sair do País, ele roubou um carro na manhã de ontem. Ao ser abordado por policiais rodoviários federais, o estudante iniciou um tiroteio. Um agente ficou ferido no braço, mas passa bem.
A transferência do preso para São Paulo depende de uma decisão da justiça, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Carlos Eduardo está detido sozinho em uma sala da sede da PF em Foz do Iguaçu.
A viúva do cartunista, Beatriz Galvão, prestou depoimento nesta tarde, na Delegacia Seccional de Osasco. A enteada de Glauco e a mulher de Raoni também estão na delegacia e vão testemunhar sobre o caso. Carlos Eduardo é conhecido da família e frequentava a igreja Céu de Maria, adepta aos princípios do Santo Daime, fundada por Glauco.