O ex-deputado Nilton César Servo, acusado de ser um dos líderes da máfia dos caça-níqueis, teria patrimônio de R$ 1 milhão, montante dividido em jóias e moeda corrente. A declaração de bens consta da prestação feita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) em 2006, quando ele disputou um vaga na Câmara dos Deputados pela coligação "Um Novo Avanço para Mato Grosso do Sul 1".
Conforme consta no site do TRE-MS, Servo declarou patrimônio de R$ 500 mil em jóias e R$ 500 mil em moeda corrente. Não há referência sobre qualquer imóvel ou gado, apesar de constar que Servo é pecuarista. A candidatura dele foi contestada por Jairo Martins de Souza, ex-agente da Agência Brasileira de Informações (Abin), mas foi considerada regular e autorizada pelo juiz eleitoral relator Dorival Moreira dos Santos.
Nilton César Servo foi preso ontem em Uberlândia, junto com o filho, Vitor Emanuel. O pai é apontado em investigação da Polícia Federal como um dos líderes das organizações criminosas que comandam a máfia dos caça-níqueis. A Operação Xeque-Mate foi deflagrada no último dia 4, e resultou na prisão de 79 pessoas, entre policiais civis, delegados e empresários do jogo.