O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que não houve orientação para que parlamentares do partido se abstivessem na votação que absolveu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da cassação por quebra de decoro parlamentar. "Não houve nenhum movimento nesta direção", contou. Ele contou que votou pela cassação de Calheiros.

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Para Suplicy, Calheiros deveria ser cassado porque colocou emenda no Orçamento da União favorecendo a empreiteira Mendes Júnior e que, por isso, não poderia utilizar o lobista Cláudio Gontijo, empregado da empresa, para fazer os pagamentos a Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que enquanto não acabar o voto secreto a "hipocrisia vai continuar".

Suplicy ainda informou que vai propor que os outros processos que correm contra o Calheiros no Conselho de Ética passem a tramitar em grupo. A proposta tem o respaldo do senadores Paulo Paim e Augusto Botelho (PT-RR), que também afirmou ter votado pela cassação do presidente da Casa.

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