A prefeitura de Sumaré, no interior de São Paulo, confirmou hoje o primeiro caso de morte causado pelo vírus da Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína, no município. A vítima é uma mulher que estava internada no Hospital Estadual de Sumaré havia cerca de dez dias e morreu no sábado. Segundo a prefeitura, ela não havia viajado. Os exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, confirmaram a doença.
Ontem, cinco mortes causadas por gripe suína haviam sido confirmadas, três no interior de São Paulo e duas no interior do Rio Grande do Sul. Duas mortes no Estado de São Paulo ocorreram em São Caetano, na Grande capital paulista, e em Turiúba, município de 2 mil habitantes na região de Araçatuba. A outra foi registrada em Campinas. Até ontem, número de óbitos no País em decorrência da gripe A chegava a 61.
De acordo com a prefeitura de Sumaré, membros da família da vítima, de 31 anos, apresentam sintomas de resfriado e estão sendo monitorados. A cidade tem registrados três casos de gripe suína – oito pessoas aguardam o resultado dos exames.
A prefeitura também anunciou hoje a suspensão das aulas da rede municipal. Os mais de 23 mil estudantes devem permanecer em casa até o dia 10 de agosto, previsão para o retorno das aulas. A medida foi tomada após reunião entre os secretários municipal de Educação, José Haddad Araújo; o secretário de Saúde, Roberto Vensel; e o prefeito José Antonio Bacchim.
Campinas
Hoje, a cidade de Campinas também suspendeu as aulas como forma de prevenção contra a Influenza A (H1N1). De acordo com a prefeitura, foram suspensas as atividades da rede municipal de ensino e dos 71 Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis), além das 39 creches municipais conveniadas. O retorno das aulas está previsto para o próximo dia 10. A decisão atinge pelo menos 65 mil alunos em todo município, segundo a secretaria municipal de Educação.
A prefeitura ainda recomendou que todas as escolas da rede privada e as universidades e faculdades da cidade adotem a mesma providência. A reposição das aulas do ensino fundamental ocorrerá ao longo do segundo semestre para que o calendário de 200 dias letivos seja cumprido, conforme resolução formal da Secretaria de Educação a ser publicada nos próximos dias.
Durante o período sem aulas, gestores, professores, monitores, supervisores e outros funcionários da rede pública vão ser capacitados com informações sobre sintomas, formas de evitar o contágio e medidas de prevenção da gripe A no ambiente escolar. Eles também serão orientados sobre como proceder na volta às aulas.