Sudeste e Sul concentraram entidades de assistência social em 2006

Brasília – O Sudeste concentrava 51,8% das entidades privadas de assistência social do país em 2006, seguido pelas Regiões Sul (22,6%), Nordeste (14,8%), Centro-Oeste (7,4%) e Norte (3,4%). Os números são da Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privada e Sem Fins Lucrativos, divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o presidente do instituto, Eduardo Nunes, a distribuição reflete a desigualdade no Brasil. No caso do Nordeste, por exemplo, ele considera o número de entidades incompatível com o total de habitantes da região.

"A distribuição regional reproduz uma característica marcante da sociedade brasileira, já que a maior parte das entidades se concentra no Sul e no Sudeste e uma parcela bem menor no Norte e Nordeste, que são as que precisam de maior atenção dos órgãos públicos de assistência social", avaliou Eduardo Nunes.

No que diz respeito ao público alvo, apenas 1% das entidades era voltada para minorias étnicas e ex-presidiários. Segundo Laura Veiga, secretária de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, a pesquisa permitirá identificar prioridades de investimentos sociais por parte do governo.

"O número mostra, por exemplo, que o Estado tem de estar mais presente em segmentos como esse, que não pode ficar dependendo da iniciativa privada. Porque essas entidades existem hoje e amanhã podem fechar", disse Laura Veiga.

A pesquisa também apontou que 53,4% das pessoas que atuavam nas entidades de assistência social em 2006 eram voluntárias. Nesse grupo, a maior parte, 45,5%, tinha nível médio, enquanto os que tinham somente nível fundamental somavam 27,5% e o grupo com formação superior atingia 26,8%.

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