O ministro Barros Monteiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), enviou ofício à Assembléia Legislativa do Espírito Santo pedindo autorização para instaurar processo contra o governador José Ignácio Ferreira. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, ele teria sacado R$ 2,6 milhões sem ter fundos suficientes em sua conta no Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), na campanha eleitoral em 1998. A conta negativa seria posteriormente coberta por duas empresas de engenharia, sob a alegação de contribuição à campanha.
Se for concedida autorização, o governador irá responder às acusações de fraudes enquadradas na Lei 7.492 (Lei dos Crimes do Colarinho Branco). As irregularidades apontadas pela Justiça Pública no Estado caracterizam crime contra o Sistema Financeiro Nacional, e envolveriam também o cunhado do governador, Gentil Antônio Rui. Em março, o ministro Barros Monteiro determinou à Superintendência da Polícia Federal do Espírito Santo que tomasse seu depoimento.