Brasília – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta segunda-feira (2) prorrogar o prazo para que a comissão temporária que apura as denúncias contra o ministro Paulo Medina conclua seu parecer.
O ministro é suspeito de vender sentenças judiciais que beneficiaram pessoas ligadas ao jogo do bicho e a casas de bingo. Compete aos ministros do STJ decidir sobre a instauração de processo disciplinar contra Medina.
Esta é a segunda prorrogação no inquérito: no dia 22 de maio, quando já havia terminado o prazo para apresentação de defesa, o STJ concedeu mais 15 dias ao ministro, depois que os advogados apresentaram uma defesa prévia. O novo prazo começará a contar no dia 1º de agosto, data do retorno do recesso forense.
Segundo o presidente do STJ, ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, diante das mais de 5 mil páginas do inquérito entregue pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi necessário estender o prazo. A expectativa é de que a comissão apresente suas conclusões ao plenário até o fim de agosto.
A comissão temporária foi criada no dia 15 de maio para analisar o inquérito relativo à Operação Furacão, da Polícia Federal (PF) que tramita no STF e que envolve o ministro. Medina está afastado de suas funções desde o dia 3 de maio.
A comissão é presidida pelo ministro Gilson Dipp e integrada pelas ministras Denise Arruda e Maria Theresa de Assis Moura e tem prazo de 20 dias para concluir o trabalho.
