O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou em caráter liminar o pedido de habeas-corpus para o estudante Gil Greco Rugai, acusado de matar o pai, Luis Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Trotino, em março de 2004, supostamente por ter ocasionado desfalques na empresa da família, a “Referência Filmes”. Até hoje o estudante não foi julgado pelo crime. Depois de dois anos preso, em 2006, ele teve a liberdade provisória concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para aguardar o julgamento em liberdade. Gil Rugai voltou a ser preso em setembro do ano passado, quando foi descoberto morando em Santa Maria (RS) sem ter informado a Justiça.
O ministro do STJ Arnaldo Esteves Lima argumentou que o fato de ter sido visto no Sul do País não justifica a prisão preventiva do estudante. “O fato de haver residido, nesse período, tanto no Rio de Janeiro quanto em Santa Maria (RS), não evidencia, por si só, ânimo de fuga. Quisesse fazê-lo, e teve bastante tempo para tanto, já o teria feito”, disse, em seu despacho. Lima destacou também que Gil Rugai não descumpriu qualquer condição de comportamento determinada pelo STF quando obteve a liberdade provisória e citou ainda que o estudante não permaneceu nem um dia na condição de foragido da Justiça.
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