STF liberta um dos envolvidos na morte de freira

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu ontem habeas corpus ao fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da freira norte-americana Dorothy Stang.

O relator do pedido, ministro Cezar Peluso, votou favoravelmente à libertação de Galvão. Ele alegou que a prisão preventiva não pode ser usada como antecipação de pena ou justificativa para a ?sede de vingança coletiva?. ?Considero a prisão preventiva absolutamente ilegal?, concluiu o ministro. Acompanharam o voto de Peluso os ministros Sepúlveda Pertence e Marco Aurélio Mello. Os ministros Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto votaram contra a liberação do empresário.

Há dois meses, o fazendeiro Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato, confessou ter encomendado a morte de Dorothy e foi condenado a 18 anos de prisão. Os dois executores do assassinato, Rayfran das Neves e Clodoaldo Batista, disseram que Tato ofereceu R$ 50 mil pela morte da missionária. Rayfran, assassino confesso, foi condenado a 27 anos e Batista, a 18 anos.

Além de confessar o crime, Tato apontou Regivaldo e Vitalmiro Bastos de Moura, chamado de Bida, como os mandantes. Segundo Tato, eles encomendaram a morte porque Dorothy havia denunciado Bida e Taradão por crime ambiental.

A missionária trabalhava havia mais de 30 anos com pequenas comunidades pelo direito à terra e a favor da exploração sustentável da Amazônia. Ela foi assassinada no dia 12 de fevereiro de 2005, em uma estrada de terra, próxima ao município de Anapu (PA).

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