O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quinta-feira (28) quem ficará responsável por relatar o inquérito contra o deputado Antonio Palocci (PT-SP), acusado de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha por envolvimento com a máfia do lixo em Ribeirão Preto (SP). O ministro Joaquim Barbosa, que pediu vista do processo, estava de licença médica até o dia 29 de fevereiro, mas decidiu comparecer hoje ao julgamento de plenário para julgar esse processo. Por decisão da presidente do STF, ministra Ellen Gracie, Barbosa relataria o inquérito, pois teria em seu gabinete uma ação correlata. Mas a defesa quer que o inquérito seja repassado para outro ministro.
Palocci foi indiciado, em 2005, no inquérito sobre a máfia do lixo em Ribeirão Preto, cidade que administrou em duas ocasiões. Ele é acusado de licitações fraudulentas, desvio de dinheiro e recebimento de propina. Grande parte das acusações foi feita por Rogério Buratti. O empresário denunciou mensalão de R$ 50 mil que teria sido pago pela empreiteira Leão & Leão ao petista na época em que comandou a prefeitura de Ribeirão pela segunda vez, entre 2000 e 2002.
O empresário Rogério Buratti, principal testemunha do Ministério Público, voltou atrás em suas acusações, mas o Supremo não tem acompanhado a dinâmica do caso. Buratti também envolveu o ex-ministro nas negociações da chamada "máfia do lixo", e na renovação de contrato da Gtech. As acusações nunca chegaram a ser provadas judicialmente.