O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, deu nesta terça-feira (11) um duro recado aos fiscais federais agropecuários, categoria que está em greve desde o dia 28 de agosto. Em nota, o ministro alerta que a proposta de reajuste salarial para a categoria apenas será mantida se os servidores voltarem ao trabalho a partir da sexta-feira e se o movimento for totalmente suspenso.

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Em documento reservado que circulou hoje à tarde no prédio do ministério, Stephanes disse que o governo não pode aceitar ser colocado na posição de "refém de nenhuma categoria, sob ameaça de greve ou paralisação". Os fiscais são responsáveis pela inspeção das cargas agrícolas que circulam nos portos, aeroportos e fronteiras do País.

Na avaliação do ministro, em relação aos fiscais federais, "houve um grande avanço em relação às propostas anteriormente feitas". Por esta razão, ele reitera que seja "considerada a data do dia 14 próximo como limite para que seja mantida a proposta com a efetiva decretação do movimento grevista". O ministro lembra ainda que o governo tem mantido "diálogo respeitoso em relação às reivindicações da categoria, mantendo entendimentos com a entidade de classe para encaminhar soluções que venham contemplar seus pleitos, o que efetivamente aconteceu conforme expedientes de propostas já encaminhadas".

De acordo com a Associação Nacional dos Fiscais Federais (Anffa) a proposta atual do governo é de reajuste de 20,3% para os fiscais em final de carreira. Para os fiscais em início de carreira, a proposta é de aumento de 16,4%. Os dois reajustes são para a remuneração total, divididos em três parcelas (2008, 2009 e 2010). Os pedidos iniciais do governo eram de reajuste de 45% diluído em três anos e aumento da gratificação dos atuais 55% para 100%. O piso da categoria é de R$ 3,7 mil. São 13 os níveis de remuneração. A greve dos fiscais entrou hoje no 15º dia. Entre amanhã e sexta-feira, os fiscais farão assembléia para definir se suspendem ou mantêm a greve.

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