O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta terça-feira (30) que os problemas da fiscalização na produção de leite foram sanados e o governo adotou novos mecanismos para evitar fraudes. No dia 22, a Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Copervale) e a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), ambas de Minas, foram acusadas de adicionar substâncias químicas de maneira irregular ao leite longa vida. O ministro afirmou que o sistema nacional de produção de leite tem qualidade. "O sistema é bom", disse.
O ministro confirmou que esteve reunido hoje com o presidente da Parmalat, Marcus Elias. Segundo Stephanes, as indústrias cobraram do governo uma posição oficial sobre as denúncias de fraude no leite. Para os empresários, é preciso ter mais clareza no processo e mais informações sobre a operação de fiscalização que é feita pelo Ministério da Agricultura. Segundo Stephanes, o temor da indústrias é normal, pois há "pânico" na população.
Stephanes salientou que a questão do leite fraudado está sendo avaliada de forma técnica e reafirmou que são coletadas amostras de leite enviadas pelos produtores às cooperativas. Por ano, são coletadas 3 milhões de amostras. O ministro acrescentou que o governo também está atento aos produtores de leite, que somam cerca de 1 milhão todo o País. Ontem, Stephanes disse que uma eventual queda no consumo por causa das denúncias poderia reduzir os preços pagos aos produtores.