O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, apresentou hoje ao presidente do Senado, José Sarney, dados de estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que mostram que as lavouras de arroz, feijão milho e soja ocuparam menos de 7% do território nacional. O ministro argumenta que se todos os itens das leis ambientais forem cumpridos a atividade agrícola seria inviabilizada na maioria das regiões do País. “O que não entendemos é por que há tanta discussão em torno disso (da ocupação de terras pela agricultura)”, afirmou ele durante encontro com o presidente do Senado, José Sarney. O chefe da Unidade de Monitoramento por Satélite da Embrapa Campinas (SP), Evaristo Eduardo de Miranda, acompanhou o ministro no encontro.
Stephanes apresentou a Sarney um vídeo com informações sobre estudos estratégicos realizados sobre o território nacional. O trabalho, explicou Stephanes, traz um detalhamento sobre as áreas de reserva, áreas de recuperação de encostas, áreas que ainda estão sendo solicitadas por indígenas, por quilombolas, e outras áreas, e sobre o quanto isso daria de ocupação do território nacional.
O estudo foi feito pelos pesquisadores da Embrapa Campinas, que mapearam toda a área existente em termos de ocupação territorial. O estudo indica que, somadas as áreas para reservas indígenas, terras legais, Áreas de Preservação Permanente (APP) e preservação de biodiversidade alta, restaria apenas 23% do território nacional para serem explorados.
O ministro voltou a defender a rediscussão da ocupação do território nacional. “Tem que ser rediscutida a ocupação do território nacional para se definir exatamente o que cabe à agricultura, o que cabe às cidades, como se daria essa ocupação. Porque, se a legislação atual for cumprida integralmente, não teríamos mais território nacional para ser usado”, afirmou.