As aulas foram retomadas normalmente na manhã desta quarta-feira, 19, na Saint Nicholas School, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, que teve um professor preso em uma operação da Polícia Civil contra pornografia infantil. Pais e alunos foram recebidos por uma grande equipe da escola, incluindo o diretor da unidade. As famílias e os funcionários evitaram falar com a imprensa.

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Sem se identificar, um pai classificou o caso como uma catástrofe. “Meus filhos não tinham aula com ele, mas está todo mundo preocupado. Todo mundo é vítima. É uma catástrofe.” Ele destacou a importância de os fatos serem apurados e disse que este é um momento de dar apoio para a comunidade escolar. “É preciso separar o indivíduo da escola.”

Uma mulher que levou a filha de uma amiga para a escola nesta quarta-feira contou que a movimentação da polícia no colégio deixou os pais preocupados. “Só se fala disso nos grupos de mães.”

Manobristas que trabalham no entorno da escola descreveram o professor como uma pessoa reservada. “Ele estacionava o carro dele e era o único que a gente não pegava. Ele era mais isolado, quieto. Às vezes, esquecia a chave pendurada no carro e a gente pegava”, contou um dos manobristas, que não quis se identificar.

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O professor Ivan Secco Falsztyn, de 54 anos, foi preso na manhã desta terça-feira, 18, durante nova fase da Operação Luz da Infância, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e de polícias civis de 12 Estados para identificar autores de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. O docente foi uma das 43 pessoas presas em flagrante por suspeita de envolvimento em produção ou armazenamento de pornografia infanto-juvenil.

Segundo a Polícia Civil, o professor fazia uso de uma artimanha para ludibriar as vítimas, em geral meninas de 12 e 13 anos de idade. Ele embutia em caixinhas de remédio uma câmera secreta para filmar as alunas em sala. Foram três anos de armazenamento de imagens.

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Investigadores afirmam que Secco mantinha em seus computadores o arquivo de fotos e vídeos das vítimas. A polícia fez buscas na casa do docente, onde um computador foi confiscado. Também apreendeu um segundo computador dele na sala de professores da escola.

Segundo a Polícia, o professor tem quatro filhos que estudam em outra escola. A mulher dele é diretora de uma escola.

Em nota distribuída aos pais de alunos, a Saint Nicholas School afirmou: “Nós estamos em choque e nos comprometemos a entender o que aconteceu e oferecemos apoio incondicional a toda a comunidade”. A defesa de Secco não se manifestou. O espaço está aberto para manifestações.