São Paulo foi novamente considerado o menos violento do País, com uma taxa de 10,7 mortes violentas por 100 mil habitantes e 4.831 casos. O Estado vem conseguindo reduzir os registros há mais de uma década.

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Para o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, a queda está relacionada ao “trabalho das polícias”, ao emprego de tecnologia e ao Estatuto do Desarmamento, de 2003. Ele também destaca o resultado de investigações. “Temos índice de 66% de resolução de homicídios”, disse ontem ao Estado.

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No trabalho de inteligência, Mágino cita o Infocrim, ferramenta que mapeia manchas de criminalidade em tempo real. “Isso permite que as polícias realizem um trabalho mais eficiente”, diz. “Também não há mais o porte indiscriminado de armas, que provocava situações do gênero: sai uma discussão no bar, o camarada saca a arma e mata um amigo. Ou em uma briga de trânsito. Isso fazia com que tivéssemos um quadro de 46 homicídios nos fins de semana só na capital.”

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PCC. Ao mesmo tempo em que São Paulo viu cair seus números de criminalidade, a principal facção do País, o Primeiro Comando da Capital (PCC) crescia no interior das suas unidades prisionais. “Não posso falar por outros Estados, mas, aqui, as lideranças estão presas”, afirma Mágino sobre o avanço desses grupos criminosos no Brasil.

Questionado sobre o fato de o PCC ter nascido e se expandido em São Paulo, o secretário respondeu: “E o Comando Vermelho é o quê? E a Família do Norte? Associações criminosas não têm certidão de nascimento territorial. O crime tem esta característica: quando você aperta muito determinado tipo de ocorrência, a tendência é migrar para outro lugar”, afirmou. “Por isso, precisa haver trabalho coordenado de inteligência de todas as secretarias de segurança. O governo federal precisa liderar essa luta de combate ao crime organizado.” (COLABOROU MARCO ANTÔNIO CARVALHO) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.