Já são 48,8 mil casos confirmados de dengue em Sorocaba, interior de São Paulo, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira, 04, pela Secretaria de Saúde do município. As mortes confirmadas somam 22, havendo outros 14 óbitos suspeitos à espera do resultado de exames. Em relação ao último boletim, divulgado em 23 de abril, houve 2,5 mil novos casos confirmados, além de três mortes.

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No ranking nacional da dengue divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde, Sorocaba aparece em primeiro lugar entre as cidades com população entre 500 mil e 999 mil habitantes, com 21.127 casos, o que equivale a 3.315 casos por 100 mil habitantes. O número absoluto de casos é menor que o divulgado pelo município em razão da demora na totalização dos dados repassados pela prefeitura ao Ministério.

Em número de casos de dengue, estão à frente de Sorocaba no ranking do Ministério a cidade de Campinas, com 30.820 casos, e a capital paulista, líder geral com 41.120 casos. Na relação de casos por população, Campinas é líder entre as cidades com mais de um milhão de habitantes (2.669 casos por 100 mil moradores), categoria em que São Paulo aparece em quinto lugar (345/100 mil).

Redução

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Segundo o Ministério, Catanduva lidera entre as cidades na faixa de 100 mil a 499 mil habitantes com 11.454 casos (9.637 a cada 100 mil pessoas). Mesmo assim, a prefeitura decidiu desativar o hospital de campanha montado em fevereiro para atendimento exclusivo da dengue. De acordo com o município, o número de atendimentos, que chegou a 250 pacientes por dia no auge da doença, agora está em 70 pacientes diários. Os casos passaram a ser atendidos na rede regular de saúde. A cidade foi uma das primeiras a declarar epidemia.

A prefeitura de Limeira também desativou na última sexta-feira, 30, o hospital de campanha instalado em fevereiro. Em quase três meses, mais de dez mil pessoas foram atendidas na unidade. Nesta segunda-feira, pacientes com dengue voltaram a ser atendidos nas unidades de saúde que também atendem pacientes com outras doenças. A cidade tem 8,7 mil casos confirmados e 14 óbitos com resultados positivos e 4 em investigação.

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Em Sorocaba, a dengue começa a perder força, segundo o secretário de Saúde, Francisco Antônio Fernandes. “A evolução deixou de ocorrer com a mesma intensidade e já notamos uma queda no número de internações, mas não devemos nos descuidar”, afirmou. Os dois centros de monitoramento exclusivos para dengue devem continuar funcionando até o final de junho, segundo ele.

Mortes

Em outras cidades do interior a dengue continua avançando. A prefeitura de Americana confirmou nesta segunda-feira, 04, a primeira morte causada pela doença este ano. A vítima é um idoso de 91 anos. Outra morte continua sob investigação. Com 1.821 casos, a cidade decretou epidemia.

Em São José do Rio Preto, foi confirmada a segunda morte por dengue. A vítima, um bebê de sete meses, morreu no hospital Beneficência Portuguesa. A Vigilância Epidemiológica de Araras passou a investigar a morte de um homem de 32 anos, ocorrida na quinta-feira, 30, depois de ser informada de que a causa pode ser complicações da dengue. O homem morreu na Santa Casa local.

Em Nova Odessa, região de Campinas, a prefeitura sancionou uma lei que aumenta a multa para imóveis flagrados com criadouros do mosquito da dengue. O valor da penalidade, nos casos mais graves, pode chegar a R$ 21,2 mil.