Os três estudantes acusados de serem administradores do perfil Black Bloc RJ foram soltos na manhã desta sexta-feira, 13. Eles estavam presos desde o dia 4, sob acusação de formação de quadrilha armada e incitação à violência. O pedido de liberdade para os rapazes foi feito pelo promotor Arthur Machado Paupério Neto, por entender que “não existem elementos suficientes para iniciar ação penal” contra os estudantes.

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Daniel Guimarães Ferreira, Henrique Palavra Vianna e Jahn Gonçalves Traxler deixaram a penitenciária Bangu 9 pela manhã e foram recebidos pelos pais e advogados do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos, que defendem o grupo. Tinham as cabeças raspadas e usavam uniformes da Secretaria de Assistência Penitenciárias.

 

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Os três foram orientados a não dar entrevistas, já que as investigações contra eles continuam e o processo corre em segredo de Justiça. Eles postaram mensagem no Facebook, agradecendo o apoio de internautas. ” Vocês não sabem o quanto foi importante para nós sabermos que temos todos vocês ao nosso lado como uma família, nos ajudando, dando força, dando apoio e lutando por algo melhor”, escreveram.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público, o promotor pediu o relaxamento da prisão por entender que “ainda não ficou comprovada a ligação dos três com formação de quadrilha ou incitação à violência, já que a página na internet define sua atuação como reativa ao abuso da força policial, em proteção dos manifestantes, havendo ainda várias referências de repúdio ao vandalismo”.

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Paupério Neto também considerou insuficientes as provas de quadrilha armada, “em razão da apreensão de apenas um canivete e um aparato artesanal de parafusos para furar pneus”. “O inquérito também não apresenta qualquer indício de que eles teriam participado pessoalmente dos atos de violência nas manifestações”, diz a nota.

Os crimes de formação de quadrilha e incitação à violência continuarão a ser investigados na capital. O promotor requereu à Justiça que a apuração do crime de pedofilia ocorra em Maricá, na baixada litorânea, local em que foi apreendido um computador com imagens pornográficas.