No mesmo dia em que o Sistema Cantareira registrou mais uma baixa histórica, com 10,4% da capacidade, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que vai dobrar, a partir de outubro, a quantidade de água revertida da Represa do Guarapiranga para bairros da capital que ainda são abastecidos pelo manancial que atravessa sua pior crise de escassez.

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Segundo Alckmin, serão remanejados mais mil litros por segundo do reservatório da zona sul paulistana para distritos mais centrais da cidade. Em fevereiro de 2015, a reversão deve aumentar em mais 1,5 mil litros. Hoje, o Guarapiranga já socorre com 1,1 mil litros os bairros Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin e Pinheiros, que recebiam água do Cantareira. Outros 2,1 mil litros já são revertidos do Sistema Alto Tietê para Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa e Carrão, zona leste.

Ao todo, cerca de 2 milhões de moradores da capital atendidos pelo Cantareira passaram a receber água do Guarapiranga e do Alto Tietê. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) são essas operações de reversão de água na tubulação que provocam “cortes pontuais” de abastecimento. Nesta sexta-feira, esses dois sistemas estavam com 77,3% e 35,6% da capacidade, respectivamente.

Há uma semana, Alckmin já havia anunciado a reversão de 500 litros por segundo do Sistema Rio Grande, que ocupa um braço da Represa Billings, na região do ABC paulista, a partir de setembro. O volume é suficiente para abastecer cerca de 150 mil pessoas. Segundo a Sabesp, o remanejamento de água, aliado à redução do consumo, tem evitado a adoção de racionamento de água generalizado na Grande São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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