Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (27) ao comentar o bom momento do Brasil, que passou de devedor para credor internacional, que ?um pouco de sorte não faz mal a ninguém?.
Rejeitou, no entanto, críticas de que só aproveita quando a situação internacional é favorável.
"Tem gente que diz que só aproveitamos uma situação internacional favorável. Mas o fato é que no passado a economia mundial também viveu bons momentos e nem por isso o Brasil foi bem. Outros dizem que tudo foi sorte. De minha parte, acho que um pouco de sorte não faz mal para ninguém. Deus me livre de ser pé frio como muitos foram nesse país".
A declaração do presidente foi feita no discurso para o empresariado brasileiro que esteve no Palácio do Planalto para conhecer a proposta de reforma tributária.
Na segunda-feira (25) o texto foi apresentado aos representantes das centrais sindicais, e amanhã (28) será apresentada formalmente ao Congresso Nacional.
O presidente pediu aos empresários que transformem o emprenho em torno da aprovação da reforma em uma profissão de fé. "Vamos fazer dessa proposta uma profissão de fé, e vamos para dentro do Congresso conversar com deputados e senadores".
O presidente disse que é preciso que os parlamentares entendam que quem vai ganhar com a reforma será o país. "Não é o governo, não é o Guido Mantega, que não é candidato a nada, não é o presidente Lula, que também não é candidato a nada, quem vai ganhar com isso é uma coisa maior chamada Brasil".
Lula afirmou que esse não é o momento de discutir "picuinhas", mas sim os temas de interesse para a população. "Ninguém está querendo discutir as picuinhas desse país. Isso pode interessar a alguém que está pensando apenas na próxima eleição, mas não interessa a nenhum brasileiro que quer ver esse país se transformar em uma nação respeitada".