Subiu para 35 o número de assassinatos em Manaus entre sexta-feira, 17, e a manhã desta segunda, 20. O ajudante de pedreiro Elivelton Santos da Costa, 30, que segundo testemunhas estava em casa com familiares, foi a última vítima da série de homicídios com arma de fogo na capital amazonense, ao ser atingido por oito tiros, segundo a polícia local.
Segundo a PM, testemunhas informaram que dois homens chegaram à residência de Elivelton, entraram disparando contra ele e fugiram logo em seguida. O corpo do ajudante de pedreiro foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros investiga o caso e uma possível relação com as outras 34 mortes registradas nos últimos quatro dias em Manaus.
A série de homicídios foi iniciada na noite de sexta-feira, 17, dia em que um sargento da Polícia Militar foi morto em uma agência bancária da cidade. O IML está apurando uma possível relação dos assassinatos.
Os representantes de órgãos de segurança do Estado cogitam a possibilidade de vingança, enquanto o Instituto Médico Legal (IML) realiza exames de comparação balística para saber se há ligação entre os assassinatos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, foram 10 assassinatos na sexta-feira, 15 no sábado e oito no domingo, todos em diferentes bairros e zonas da cidade.
Às 2h30 desta segunda-feira, 20, o autônomo Renato Simplício, 31, foi a 34ª vítima, com um tiro no tórax. Conforme o número de casos aumentava, mensagens de texto e áudio e fotos circulavam nas redes sociais, com pedidos de cuidado e alertas para que as pessoas ficassem em casa.
Na investigação dos casos, a polícia disse que trabalha com todas as possibilidades, entre elas um confronto entre facções criminosas ou vingança de policiais. Em entrevista coletiva concedida no sábado, o secretário de Segurança do Estado, Sérgio Fontes, informou que todas as delegacias especializadas estão trabalhando para solucionar o caso. “Em alguns, já temos os indícios de autoria e nos demais existe indicação de que foi uma ação orquestrada – e não descartamos qualquer hipótese”, disse.