Alvo de pressão pela escalada da epidemia da covid-19 e em meio a negociações dentro do governo para sua substituição, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou nesta segunda-feira (15) ter concluído os contratos para obter 138 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e Janssen.
Em uma tabela apresentada na coletiva, segundo Pazuello, estariam contratadas cerca de 562 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus de vários laboratórios, incluindo as produzidas no Brasil pelo Instituto Butantan e Fiocruz.
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Deste total, 100 milhões de doses devem ser da vacina da Pfizer e 38 milhões, da Janssen. O volume consta de tabela atualizada divulgada pela pasta em coletiva de imprensa, dentro do item de “vacinas contratadas”.
“Já concluímos a contratação da União Química [fabricante da vacina russa Sputnik V], da Pfizer e da Janssen. Todas essas contratações foram a partir da lei sancionada na última semana, para que compreendam a velocidade administrativa desse trabalho”, afirmou Pazuello. O contrato com a União Química foi anunciado na última semana.
A notícia dos acordos ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) iniciar reuniões com possíveis cotados para substituir Pazuello. Caso a troca se confirme nos próximos dias, o país terá seu quarto ministro em pouco mais de 12 meses de pandemia.
A cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star, chegou a conversar com o presidente sobre a possibilidade de assumir a pasta, mas recusou a oferta nesta segunda (15).
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Outros nomes de possíveis cotados são o do deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), médico e ex-secretário de saúde do Rio de Janeiro, e Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Publicamente, Pazuello tem dito que, por ora, continua chefiando a pasta.
Nas últimas semanas, no entanto, o país tem vivido o momento mais grave da pandemia, com relatos de colapso no sistema de saúde em diferentes estados e recordes sucessivos de mortes por Covid-19, o que tem aumentado as críticas à pasta pelo atraso nas negociações para obter vacinas contra a doença -e consequentemente, a pressão pela saída do ministro.