Rio
– O antropólogo e ex-secretário Nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares identificou ontem Sergio Canozzi, o empresário gaúcho que teria lhe procurado em 2002 para revelar que o então presidente da Loterj (Loterias do Rio) Waldomiro Diniz tirava R$ 300 mil por mês dos bingos. Em depoimento à CPI da Loterj/RioPrevidência, instalada na Assembléia Legislativa do Rio, Soares afirmou também que à época a direção do PT foi comunicada por ele do caso, e que Waldomiro era o elo entre petistas e o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (ex-PSB, hoje no PMDB). O empresário Sergio Canozzi, segundo o relato de Soares, teria lhe proposto um esquema de propina para arrecadar dinheiro para campanha de Benedita – a petista perdeu as eleições de 2002 para a mulher de Garotinho, Rosinha Matheus (PMDB). Luiz Eduardo Soares concorreu como vice da chapa de Benedita. De acordo com o relato de Soares, Canozzi à época ofereceu disponibilizar mais dinheiro que Waldomiro arrecadava em um esquema semelhante. Ele teria proposto R$ 500 mil, contra R$ 300 mil que Waldomiro levantaria. O ex-secretário do Ministério da Justiça disse aos deputados que após o encontro com Canozzi informou a direção do PT – presidido pelo atual ministro da Casa Civil, José Dirceu – do caso. O partido, no entanto, impediu uma auditoria no governo estadual para não prejudicar aliança futura com o antigo partido de Garotinho, o PSB, no segundo turno das eleições. Receba Notícias no seu WhatsApp!
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