Só um médico estrangeiro foi reprovado na avaliação aplicada semana passada pelo Ministério da Saúde aos profissionais selecionados pelo Mais Médicos. Zoheir Maadarini, nascido no Líbano e formado na Ucrânia, não alcançou 30% de desempenho. Ele trabalharia em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, mas acabou desligado do programa. Outros 11 obtiveram conceitos insatisfatórios e ficaram de recuperação.

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Ao todo, 682 médicos intercambistas – nascidos ou formados no exterior – foram avaliados ao longo de três semanas de treinamento. De acordo com o governo, o conjunto de exercícios e atividades desenvolvidas no período teve 40% de participação no exame final. A nota restante veio da prova, formada por três questões com foco em conhecimentos na Língua Portuguesa. Os médicos em recuperação tiveram rendimento entre 30 e 50%. Somados ao libanês reprovado, representam apenas 1,7% do total.

Os profissionais em recuperação serão submetidos a mais duas semanas de treinamento com aulas de reforço em Brasília, segundo o Ministério da Saúde. Em seguida, devem ser novamente avaliados para então receber ou não aval para trabalhar no País. Da lista, quatro estão selecionados para atuar em cidades paulistas: dois no Guarujá, no litoral, um em Guarulhos e o outro em Arujá, ambas na Grande São Paulo. O restante tem compromissos assumidos no Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Pará e Roraima.

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A previsão é que os aprovados na avaliação comecem a trabalhar na segunda-feira, 23. O prazo, no entanto, pode ser novamente alterado caso os registros não sejam fornecidos pelos conselhos regionais de medicina. Na programação inicial, os intercambistas deveriam ter iniciado o atendimento médico no dia 16.

As cidades que já tiveram confirmados os novos atrasos lamentam a demora. No Guarujá, por exemplo, eram esperados sete estrangeiros, mas somente três deles chegarão às unidades de saúde na semana que vem. Além dos dois em recuperação, um desistiu e a participação do outro está ameaçada por problemas burocráticos, de documentação. Para piorar, os quatro brasileiros selecionados declinaram das vagas. O balanço mostra que de 11 médicos confirmados no início do programa, só três permanecem.

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Tanto brasileiros como os estrangeiros vão atuar em ações voltadas ao aprimoramento da Atenção Básica, com foco no Programa Saúde da Família (PSF). O salário pago mensalmente pelo Ministério da Saúde será de R$ 10 mil, mas o rendimento poderá passar de R$ 12 mil, somados benefícios como auxílios moradia e vale alimentação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.