Só chuva salva Chapada Diamantina do fogo, diz gestor

Um efetivo extra de 70 bombeiros chegará nesta terça-feira (11) ao município baiano de Lençóis, a 409 quilômetros a oeste de Salvador, para ajudar no combate aos incêndios que já consumiram, desde julho, cerca de 50% – ou cerca de 75 mil hectares – da mata do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Eles vão se juntar aos 400 homens já envolvidos na operação, sob coordenação da Defesa Civil do Estado (Cordec). Porém, o gestor da reserva, Cezar Gonçalves, disse que os esforços podem não ter o efeito desejado. “Só a chuva pode apagar o fogo.”

De acordo com o Instituto de Gestão de Águas e Clima (Ingá), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, chuvas fortes só estão previstas na região para o fim do mês. Suspeita-se que os incêndios tenham sido provocados por ações criminosas de agricultores e garimpeiros.

Segundo o mais recente relatório do Comando de Operações do Interior, emitido domingo, o fogo atinge localidades de 27 municípios da região, em maior proporção em áreas de grande interesse turístico, como Barro Branco (Lençóis), Cachoeira Encantada e Chapadinha (Itaeté), Baixão (Ibicoara), Vale do Pati e Gerais do Vieira (Andaraí), Serra do Gobira (Mucugê) e Morro do Chapéu. “Há risco real para os turistas que vierem”, afirma Gonçalves.

Para controlar os focos de incêndio, estão sendo utilizados cinco aviões – entre eles um Hércules C-130 cedido pela Força Aérea Brasileira (FAB) -, quatro helicópteros, seis caminhonetes e quatro veículos projetados para combate ao fogo, cada um com capacidade para transportar 4 mil litros de água. “Houve demora no início da situação e a dimensão (dos incêndios) ficou muito grande”, afirmou o gestor do parque.

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