Só a Ucrânia para salvar programa espacial do Brasil

Brasília – O ministro da Defesa, José Viegas, admite que será muito difícil o governo obter dinheiro para reconstruir a plataforma do VLS-1 e financiar a parte brasileira do acordo com a Ucrânia nos próximos anos. O governo já se comprometeu a pôr em órbita novo protótipo do VLS até 2006, ano em que, pelo cronograma assinado com os ucranianos, a Base de Alcântara também terá de estar pronta para lançar o foguete Ciclone 4. “Claro que, depois do acidente, será mais difícil do ponto de vista financeiro. Haverá pressão maior e alocar dinheiro para dois projetos será mais difícil”, disse Viegas. O ministro garantiu, porém, que o acordo com a Ucrânia não ficará prejudicado nem será postergado. Esse acordo representa, no momento, a única chance de o Brasil entrar no mercado mundial de lançamento de satélites, que movimenta US$ 21 bilhões por ano e hoje é dominado por americanos, russos e franceses. A Ucrânia tem uma bem-sucedida tradição de foguetes lançadores de satélites e pretende investir US$ 120 milhões para modernizar o Ciclone e lançá-lo do Brasil. “Se o programa não for à frente no prazo previsto com a Ucrânia, eles abandonam o acordo”, disse Luiz Bevilacqua, da AEB.

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