O sistema de informática da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) pode ser retirado do ar a qualquer momento com a saída da empresa responsável pela terceirização dos serviços de gerenciamento da base de dados, a Prol. O contrato terminou na última sexta-feira, 31, em meio à grave crise financeira que atinge o Estado.

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Também nesta sexta-feira foi divulgado um comunicado interno sobre a estratégia geral para eventual parada do ambiente de produção da tecnologia da informação (TI). Nele, são apontadas medidas que deverão ser adotadas para dar continuidade à prestação do serviço da PCERJ, em caso da suspensão.

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“Essa medida é indicada para preservar a integridade dos dados armazenados, preservar a segurança dos sistemas a possível ataque cibernético, preservar a garantia dos equipamentos, garantir o correto retorno assim que a situação for normalizada”, diz o comunicado. Em resposta, as entidades de classe da Polícia Civil divulgaram nota na qual manifestam “grande preocupação com o comunicado institucional da suspensão dos serviços de TI da instituição e a consequente inoperância de todo o sistema informatizado da PCERJ”.

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“A notícia sobre o sistema de TI da PCERJ não representa uma precarização dos serviços da instituição, mas sim a extinção das atividades de informação e inteligência da Polícia Civil”, diz a nota assinada por A Associação de Peritos Oficiais Oficiais do Estado do Rio de Janeiro (Aperj),Appol-RJ, Coligação dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Colpol-RJ) e Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ).

As entidades dizem ainda que com o desmantelamento dos serviços de TI, a PCERJ regressará aos tempos das máquinas de escrever e das pesquisas analógicas. “Haverá um retrocesso tecnológico de mais 20 anos, enquanto a criminalidade atua, cada vez mais, através de equipamentos com tecnologia de ponta e a violência atinge níveis calamitosos em nosso Estado. O mais triste em toda essa situação é que o que está acontecendo agora é uma tragédia anunciada”, declararam.

Procurada, a Polícia Civil declarou que a chefia da instituição adotou providências internas com os diretores de departamentos e os respectivos gestores das unidades policiais com o objetivo de minimizar ao máximo as consequências da saída da Prol. Segundo a Polícia Civil, as delegacias operacionais vão atuar segundo o chamado Plano de Contingência Operacional.

“Será nomeado, pela autoridade policial de cada unidade, um dirigente de setor responsável por efetuar o controle de seu parque de informática (funcionamento de computadores, centrais de impressão, entre outras funções), através de planilhas, que serão encaminhadas mensalmente para os Departamentos de Polícia de Área (DPAs)”, diz em nota.