Após registrar perda de água no dia anterior, o Sistema Cantareira, considerado o principal de São Paulo, foi o único a se manter estável, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, publicado nesta sexta-feira, 17. Todos os demais reservatórios sofreram queda.
Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira opera com 9,3% da capacidade, de acordo com índice tradicional da Sabesp – mesmo número do dia anterior. O valor considera duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros de água e de 105 bilhões, adicionadas no ano passado.
Não choveu sobre a região nas últimas 24 horas e, neste mês, a pluviometria tem ficado abaixo do esperado. Foram 21,9 milímetros no valor acumulado, cerca de 20% a menos do valor histórico para julho, caso a média de 1,6 mm por dia estivesse se repetindo.
No cálculo negativo do sistema, o Cantareira perdeu 0,1 ponto porcentual. Os reservatórios somam – 10%, ante – 9,9% no dia anterior. Já de acordo com o terceiro índice, o manancial também caiu: de 15% para 14,9%. Esse último número considera o volume armazenado dividido pelo volume útil somado às duas cotas de reserva técnica.
Outros mananciais
Responsável por atender o maior número de pessoas na capital e Grande São Paulo (5,8 milhões), o Guarapiranga caiu pelo terceiro dia consecutivo. Os reservatórios que compõem o sistema somam 78,2% – 0,1 ponto a menos do que no dia anterior, quando estava com 78,3%.
Em crise, o Alto Tietê, que na quinta-feira, 16, operava com 19,7%, teve queda de 0,2 ponto porcentual e o volume armazenado de água chegou a 19,5%. O índice considera um volume morto de 39,4 bilhões de litros de água, acrescentado no ano passado.
O Sistema Alto Cotia foi quem sofreu a maior variação negativa, de 0,4 ponto porcentual. O manancial está com 65,3% da capacidade, ante 65,7% no dia anterior. Tanto o Rio Grande quanto o Rio Claro caíram 0,3 ponto e operam com 91,4% e 72,7%, respectivamente.