As reservas florestais e indígenas no Acre estão sendo desmatadas por pequenos focos de agricultura familiar ao longo dos rios e da BR-364 (entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco), os quais, juntos, somam 13,6 mil hectares. Já Rondônia parece seguir a mesma sina de Mato Grosso: as grandes áreas degradadas, somando mais de 33 mil hectares, são decorrentes de agricultura comercial e de madeireiras. As constatações foram feitas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), na formatação de dados do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE).

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Os dados colhidos pelo LandSat e as fotos de aviões do Sipam são a mais completa radiografia de cada centímetro de todas as áreas indígenas e reservas federais e estaduais da floresta amazônica. Mostram grandes descampados, onde a mata é devastada para a agricultura ou derrubada para uso da madeira, e extensas áreas de mineração e de pistas de pouso clandestinas.

"Os dados de desmatamento podem ser divulgados, já das pistas de pouso e áreas de mineração são exclusivos para os serviços de inteligência. Com esse material, a Polícia Federal está se movimentando", constata o diretor do Sipam, Marcelo de Carvalho Lopes.

No Acre, cujos dados foram divulgados nesta quinta-feira (17) aos mesmos órgãos, as fotos dos satélites provam que, também em um ano, foram desmatados 13,6 mil hectares, sobretudo em terras indígenas, mas também em unidades de conservação estaduais e federais. Do total de devastação em Rondônia, 17 mil hectares foram desmatados em unidades de conservação estaduais, o que representa 50,4% dos desmates em áreas protegidas.

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