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Sínodo: oposição deve ir a Roma; cardeal vê crise superada

O relator-geral, dom Cláudio Hummes, voltou a falar nesta quinta-feira, 3, das críticas recebidas do governo Jair Bolsonaro, afirmando que “em parte foram superadas” depois de encontros com membros governamentais. A atual gestão acredita que o evento em Roma pode servir de palanque a oposicionistas.

O papa Francisco vetou a presença de políticos com mandato e militares no encontro, esforços diplomáticos do governo brasileiro para ter voz no encontro global de bispos. Mas entidades ligadas à Igreja convidaram os parlamentares brasileiros para um evento paralelo.

O convite partiu da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), entidade presidida pelo cardeal Hummes, para deputados de partidos como PT, PSB e Rede Sustentabilidade. A ideia é que participem das atividades da tenda Casa Comum, espaço aberto e coletivo, conexo ao sínodo, organizado por Repam, Cáritas, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Movimento Católico Global pelo Clima.

Os deputados foram convidados para falar no dia 14 de outubro, um dia após a canonização de Irmã Dulce. Eles pretendem apresentar na tenda um relatório sobre a situação dos diretos humanos na Amazônia Legal.

O texto, em fase final de elaboração, é coordenado pelo deputado Helder Salomão (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Ele ainda vai pedir ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a formação de uma comitiva para viajar em missão oficial, com despesas custeadas pelo Legislativo.

Outra questão que preocupa sobretudo a ala militar é o debate sobre “universalização” da área. Por várias vezes, Bolsonaro falou de interesses econômicos e da tomada da área. D. Cláudio voltou a distanciar-se dessa questão ontem. “Para a Igreja, a soberania da Amazônia é intocável.” (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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