Os sindicatos que representam os trabalhadores em telecomunicações (Sintetel) e as empresas prestadoras de serviços (Sinstal) temem que a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de suspender a venda do Speedy, serviço de banda larga da Telefônica, dê início a um processo de demissões no setor. Em nota, os sindicatos afirmam que as empresas prestadoras dessa modalidade de serviço têm sob contrato, somente nesta área, cerca de 5 mil funcionários.
Os trabalhadores e as empresas prestadoras de serviços dizem temer, ainda, os prejuízos aos consumidores caso a decisão da agência seja mantida por mais tempo. “No Estado de São Paulo, há localidades que são atendidas somente pela Telefônica. Com a proibição, os moradores dessas regiões estarão simplesmente impedidos de utilizar a internet”, diz nota.
A Anatel rejeitou nesta quinta-feira o recurso apresentado pela Telefônica para retomar a comercialização do Speedy, e informou que a empresa deverá apresentar, em 30 dias, um plano para garantir “a fruição e a disponibilidade do serviço. Na nota divulgada hoje, a Anatel acrescenta que a suspensão da comercialização do Speedy teve o objetivo de preservar os atuais clientes do serviço, “pois a ampliação da sua base de assinantes aumentaria o volume de tráfego com risco de ampliar a vulnerabilidade e a instabilidade da rede.”