Sindicato de táxi aéreo vai recorrer de decisão do Conac

As empresas de táxi aéreo consideram "inócua" a restrição de suas operações para desafogar o tráfego em Congonhas, medida anunciada ontem pelo Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). A avaliação é do presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (Sneta), Fernando Alberto dos Santos. Segundo ele, o sindicato deve recorrer na Justiça. "Essa medida não tem efeito nenhum para a segurança na operação de Congonhas", afirma Santos.

De acordo com ele, em condições normais de operação em Congonhas são permitidos 48 intervalos para pouso e decolagem por hora, sendo que apenas 10 são reservados para os jatos executivos e de táxi aéreo. Atualmente, ele estima que essa relação foi reduzida para 38 slots, sendo somente dois para os jatos de menor porte. Santos conta que a permanência de um jato na pista, após o pouso ou antes da decolagem, é de menos de um minuto, intervalo de tempo bem inferior aos dos aviões de grande porte usados pelas empresas de aviação regular. Os jatos são mais ágeis do que os aviões de grande porte, diz ele, por que precisam de menos distância para pousar do que aviões maiores.

Os jatos de táxi aéreo e os da aviação executiva requerem 1.200 metros de pista para pousar, sendo que a pista principal de Congonhas, de acordo com Santos, tem em torno de 1.940 metros e a auxiliar cerca de 1.500 metros. "Nós já fomos duramente sacrificados durante um período de 90 dias em que a operação de táxi aéreo ficou restrita", lembra o presidente do Sneta.

Durante esse período de 90 dias, ocorrido este ano, as empresas de táxi aéreo e de aviação executiva só podiam realizar vôos até às 10 horas da manhã e entre as 17 horas e 20 horas. Santos, porém, não soube estimar qual o prejuízo para as empresas de táxi aéreo por causa dessa medida. São 18 empresas de táxi aéreo que tem sede em Congonhas, com 950 funcionários. Em todo o País, são em torno de 220 empresas desse setor e de aviação geral. Pertencentes ao Sneta, são 51 empresas.

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