Brasília
– O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse ontem que sente “cheiro de um acordão” na sindicância aberta no Conselho de Ética do Senado para investigar o suposto envolvimento do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) nas escutas telefônicas realizadas na Bahia. Simon atribui sua desconfiança a uma série de fatos que indicam a intenção do governo de “abafar” o caso, com o apoio do PSDB, PFL e PMDB. Os três partidos, lembrou Simon, tinham decidido aguardar o fim do inquérito da Polícia Federal sobre o caso, para só depois discutir a abertura de uma sindicância no Senado.Na avaliação do senador, os petistas apoiaram a atitude, mas para não sofrer desgaste preferiram agir com discrição. O acerto só não deu certo porque houve resistência do senador Ramez Tebet (PMDB-MS) e alguns tucanos. “O PT quer manter a imagem, mas ao mesmo tempo tem medo da briga mais tarde”, disse Simon, referindo-se à necessidade do partido de obter os votos do PFL durante a votação das reformas. Os líderes petistas Tião Viana (AC) e Aloizio Mercadante (SP) negaram a existência de acordo e garantiram que o objetivo do partido é levar até o fim a apuração sobre o escândalo dos grampos na Bahia.
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