Setor privado vai administrar mais 2.400 km de rodovias

  Allan Costa Pinto
Allan Costa Pinto

Os 382 quilômetros da interligação 376 e 101, que liga Curitiba a Florianópolis serão administrados pelo setor privado.

Brasília – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) assinou nesta quinta-feira (14) dois contratos de concessão de 2.400 quilômetros de rodovias federais. Os consórcios que administrarão as estradas estão encarregados da recuperação, da melhoria e da manutenção das estradas pelos próximos 25 anos.

O Consórcio OHL Brasil, que tem a participação de investimentos espanhóis por meio da empresa Obracon Huarte Lain Brasil, assumiu a gestão de 320 quilômetros da BR-101, da Ponte Rio-Niterói à divisa do Espírito Santo; 401 quilômetros da BR-116, entre São Paulo e Curitiba; 382 quilômetros de Curitiba a Florianópolis; e 412 quilômetros da BR-116, entre Curitiba e a divisa Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.

O Consórcio OHL já administra 1.147 quilômetros de estradas estaduais no interior de São Paulo.

O Consórcio BR Vias, fundado há um ano, vai administrar os 321 quilômetros da BR-153, no interior paulista, entre as divisas de Minas Gerais e do Paraná.

Único a discursar na solenidade, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, adiantou que a ligação de 636 quilômetros de Salvador à divisa da Bahia com Minas Gerais, pela BR-116, deve ser leiloada até julho próximo.

Informou ainda que os estudos estão avançados para a concessão de mais 4.059 quilômetros de rodovias federais no Distrito Federal, em Goiás, em Minas Gerais, no Espírito Santo, na Bahia e em Santa Catarina, sendo que 2.076 quilômetros estão agendados para leilão em novembro deste ano, e o restante em abril de 2009.

Os dois consórcios têm seis meses para realizar obras emergenciais na melhoria e pavimentação das pistas, como sinalização vertical – placas, indicadores etc. -, pintura de faixas de rolamento, iluminação e dispositivos de segurança. As obras devem consumir R$ 706,3 milhões, de acordo com projeção da ANTT. Só depois disso é que as concessionárias poderão cobrar pedágios.

Os consórcios têm prazo de cinco anos para a total recuperação das estradas e a realização de obras de melhoramento como a duplicação do trecho da Serra do Cafezal, na BR-116, em São Paulo; os contornos rodoviários de Curitiba e Florianópolis; a construção de passarelas, trevos e postos móveis de pesagem. A partir de então, têm que garantir manutenção pelos 20 anos seguintes, com investimentos totais estimados em R$ 17,3 bilhões.

A solenidade foi no Palácio do Planalto com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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