As principais associações da construção civil encaminharam, nesta quarta-feira, 30, uma carta ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas, solicitando a extensão por 30 dias da suspensão à restrição de circulação de caminhões no município.
O documento é assinado pelos líderes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Segundo as associações empresariais, a greve dos caminhoneiros levou à paralisação de praticamente todos os canteiros de obras no Estado de São Paulo por falta de insumos. Os prejuízos afetam a situação financeira de cerca de 15 mil empresas que empregam 650 mil pessoas na construção civil.
Uma vez normalizada a entrega de matérias-primas para a indústria de materiais de construção, a estimativa é que as fábricas só conseguirão reiniciar a produção plenamente ao longo da primeira quinzena de junho, enquanto a comercialização só deverá ser normalizada na segunda quinzena.
Dessa forma, os empresários que atuam nas obras argumentam que os canteiros precisarão receber os insumos o mais rapidamente possível ao longo do mês de junho para colocar em dia os cronogramas de todas as obras, tanto públicas quanto privadas.
Os líderes das associações também argumentam que a medida contribuirá para normalizar o fluxo da arrecadação tributária municipal sobre o setor, que também acabou prejudicada pelo movimento dos caminhoneiros.