O balanço das queimadas de setembro confirma 2002 como recordista em focos de fogo. Desde junho, aos índices mensais são bem superiores aos registros dos anos anteriores. Em junho foram 10.903 focos em todo o País, cerca de 30% a mais do que no mesmo período de 2001. Em julho, as queimadas somaram 11.210 focos e a diferença para julho de 2001 subiu para 61%. Em agosto, o total foi de 42.632 focos e a diferença sobre o mesmo período do ano passado ficou em 40%. Em setembro, o registro é de 61.991 focos e a diferença para setembro de 2001 é de 53%.

Considerada a média de registros dos meses de setembro dos últimos cinco anos, em 2002 o número é 98% maior. As maiores concentrações de queimadas estão no chamado Arco do Desflorestamento, especialmente no Mato Grosso, estado responsável por 15.966 focos ou quase 26% do total nacional. As localidades mais afetadas, dentro do MT, foram a Serra do Norte, a leste de Aripuanã; as margens das rodovias estaduais e da Cuiabá-Santarém, incluindo as vias secundárias, que as cortam, sobretudo entre Porto dos Gaúchos, Sinop e Piúva; e todo o nordeste matogrossense, de Alô Brasil à divisa com o Pará, na margem esquerda do rio Araguaia.

O Pará está em segundo lugar, com 10.202 queimadas, ou 16% do total nacional. Quase todos os focos foram detectados no sudeste do Estado, formando uma grande mancha desde a divisa com Tocantins e Mato Grosso até a latitude de Marabá, acompanhando o traçado da rodovia Belém-Brasília. E o Tocantins ficou em terceiro entre os estados com mais queimadas, 8.331 focos ou 13% do total nacional. As localidades mais afetadas foram Araguaína, Ilha do Bananal, Itacajá e toda a via entre Palmas e Brejinho de Nazaré.

Também há muitos focos de fogo em toda a extensão da BR-364 e seus ramais, em Rondônia, estado onde o total de focos chegou a 6.212 ou 10% do País. Além de uma grande área de altas concentrações, em todo o extremo oeste da Bahia; do sudoeste do Maranhão, ao longo da divisa com o Tocantins, e da região de Presidente Dutra, no centro-leste maranhense.

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